"Já tarde acompanhei Antero à casa que ele habitava na Rua de Cedofeita. Conversámos sobre os seus planos - porque agora as «pequenas», crescidas, iam sair das Doroteias, e para as instalar no mundo, devia ele repenetrar no mundo. Pensava pois em voltar à sua ilha, a S. Miguel, como sendo um mundo mais sereno, mais puro, mais fácil. Lisboa, para Antero, era uma Nínive revolta e sórdida. Diante da sua porta aberta ainda nos retardámos em pensamentos ligeiros da vida e da sorte. Por fim: - «Adeus, Santo Antero!» - «Velho amigo, adeus!» Ele mergulhou lentamente na sombra do corredor... E não o vi mais, nunca mais!"
Eça de Queiros, in "A vida de Antero de Quental"
1 comentário:
Sem palavras
este excerto com a imagem invadiram-me a alma
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