quarta-feira, 8 de julho de 2009

Alexandre O'Neill

A meu favor

Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer

A meu favor

As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.

2 comentários:

E. Raposo disse...

Em tempos tive grandes dificuldades em perceber esta coisa da poesia... hoje... continuo a ter dificuldades.

Gui P. disse...

A poesia é um apelo aos sentidos.
Os sentidos são o "ADN da Alma", não há duas iguais.
Por isso há poemas que leio e entendo e alguém, algures não. E há outras que leio e não entendo e alguém, algures sim.